Câmara aprova em 2º turno PEC que altera regras para pagamento de precatórios

Publicado em: 16/07/2025
Deputados na sessão do Plenário que aprovou a proposta Fonte: Agência Câmara de Notícias

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Moriá

A Câmara aprovou em 2º turno a PEC 66/23, que altera regras sobre precatórios. O texto exclui essas despesas do teto primário federal a partir de 2026, limita pagamentos por estados e municípios e autoriza o refinanciamento de dívidas previdenciárias com a União.

A medida abre espaço fiscal de curto prazo, mas a partir de 2027 parte do estoque de precatórios será incorporado gradualmente às metas fiscais do arcabouço, reduzindo o efeito estrutural.

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A Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera regras sobre precatórios — valores devidos pelo poder público decorrentes de sentenças judiciais. De autoria do Senado, a PEC retira os precatórios federais do limite de despesas primárias do Executivo a partir de 2026; limita o pagamento dessas dívidas por parte de estados e municípios; e refinancia dívidas previdenciárias desses entes com a União.

Votada nesta terça-feira (15) no Plenário da Câmara, a PEC 66/23 retornará ao Senado devido às mudanças feitas pelo substitutivo do relator, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), aprovado na comissão especial que analisou o tema.

Baleia Rossi afirmou que o texto garante que os municípios tenham condições de investimentos reais no que interessa. "Quem é municipalista sabe que o problema está nos municípios, e a melhor solução também. Ao garantir recursos para as políticas de ponta, tenho certeza de estarmos fazenda justiça", argumentou.

Meta fiscal
Embora retire os precatórios das despesas primárias em 2026, o texto acrescenta, a cada ano, a partir de 2027, 10% do estoque de precatórios dentro das metas fiscais previstas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em razão do arcabouço fiscal (Lei Complementar 200/23).

Na prática, a retirada dos precatórios e das requisições de pequeno valor (RPV) do limite ajuda o governo a cumprir a meta fiscal do próximo ano (R$ 34 bilhões ou 0,25% do PIB projetado de 2026). O total de precatórios inscritos para 2026 é de cerca de R$ 70 bilhões.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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